O homem em Scheler

Autores

  • Helena Bastos Silveira de Araujo

Palavras-chave:

COMFILOTEC , Comunicação, FAPCOM, Iniciação Científica, Filosofia

Resumo

A presente pesquisa pretende trazer a lume o conceito de Homem, pessoa na antropologia filósifica de Max Scheler, evidenciando sua influência e contribuição ímpares para o tema em âmbito filosófico e teológico. A pessoa humana para Scheler é o ser vivente que transita pelas esferas constitutivas da existência, com os pés firmes na materialidade do mundo, agregando em seu ser, várias dimensões, desde os níveis psíquicos da sensibilidade afetiva, do instintivo, da memória associativa, da inteligência prática até o patamar especificamente humano: a dimensão espiritual. A pessoa humana em Scheler constitui-se como um centro espiritual de atuação cuja percepção descobre o mundo com seus valores, tendo a própria pessoa um valor absoluto e irredutível, pois a pessoa é mais do que os seus atos. A pessoa é espírito ligado à vida, é ser de transcendência, é centro indeterminado de determinação, com possibilidade de aprendizado, de mudança de atitudes, de arrependimento e de conversão. O método utilizado por Scheler vem da fenomenologia de Edmund Husserl, com a peculiaridade de um emocionalismo constitutivo nos atos intencionais de ideação ligados à pessoa, cuja característica é a imediação gnosiológica na apreensão da realidade. A teoria scheleriana leva a superar um puro formalismo ético ao estilo kantiano e a perceber a pessoa como um ser não apenas racional, mas também emocional e espiritual. Uma análise do conceito de pessoa em Scheler pode ajudar a perceber a pessoa como um ser que compartilha elementos de todo o cosmos, mas que tem uma dignidade peculiar.

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Publicado

01/11/2019