A universalidade da Categoria Mulher e a potencialidade da Interseccionalidade
uma leitura político-feminista de Judith Butler e Patricia Hill Collins
Resumo
A universalização da categoria mulher é uma questão que persiste nas ações afirmativas e movimentos político-feminista. Essa universalização rejeita qualquer mobilização que apresente uma multiplicidade de mulheres, enquanto ignora a existência de coalizões políticas que articule discussões intersecionais. Este artigo busca refletir como essa rejeição da multiplicidade afeta as mulheres, as ações políticas e seus desdobramentos no feminismo. Traçando um caminho com base em Judith Butler, o artigo expõe a crítica à metafísica da substância e o gênero enquanto performativo. Acerca das ações afirmativas e movimentos políticos se evidencia as políticas de coalizões, abertas e particulares, articulando-as com os estudos intersecionais de Patricia Hill Collins, visto que, as mulheres são afetadas por diversos sistemas de poder, econômico e social, por normas de gênero e sexualidade. Dessa maneira, a interseccionalidade se faz importante para refletirmos junto e além das teorias feministas, como isso afeta as ações afirmativas e quais são caminhos possíveis.