A objetificação do automóvel: O papel da imprensa automotiva na problemática a partir da perspectiva fetichista de Marx e Freud

Resumo

O artigo apresentado possui seu tema de pesquisa baseado na tese de doutorado de Sérgio Quintanilha, ao explicar sobre a relação entre o fetichismo da mercadoria, descrito por Marx em um trecho de sua obra magna, O Capital, e o automóvel como símbolo de desejo. O objetivo deste artigo se resume em apresentar a grande influência que o automóvel possui na história da humanidade, desde sua criação por Karl Benz, em 1886, aos dias de hoje sob a perspectiva da atração que exerce, aliada à comunicação. Desde o início, já consolidado como uma tentativa da burguesia de se diferenciar das demais classes, que se locomoviam em transportes públicos, a recém-nascida imprensa automotiva contribuiu não apenas para reforçar esse cenário, mas também por “criar” o automóvel, imbuído na fantasia de que as pessoas se tornariam melhores em diversas outras áreas da vida através de sua aquisição, como social e financeira. Além da pesquisa bibliográfica, foram utilizados materiais de estudo das revistas britânica Car Magazine e brasileira Quatro Rodas, sendo analisadas 3 matérias de cada uma e determinadas palavras selecionadas que mais representam a hipótese de pesquisa em relação com o que é demonstrado pelos estudos de Marx, Freud e da Indústria Cultural.