K-pop, cuidado do corpo e identidades híbridas no Brasil

Resumo

O presente artigo analisa o impacto cultural do K-Pop no Brasil, evidenciando como esse

fenômeno musical global atua na construção de identidades híbridas e no fortalecimento de conexões

culturais transnacionais. Ancorado nas teorias de Appadurai (1996) so bre fluxos culturais

(ethnoscapes, mediascapes, ideoscapes e technoscapes) e na Teoria da Cultura do Consumo (CCT) de

Arnould e Thompson (2005), o estudo explora como os fãs brasileiros reinterpretam e adaptam

elementos da cultura coreana ao contexto local. Destacam-se práticas como a adoção de estéticas

coreanas, o aprendizado do idioma e a interação digital em plataformas globais. Jenkins (2009) e

Souza-Leão e Costa (2018) contribuem para a compreensão da cultura participativa, ilustrando como

comunidades de fãs atuam como prossumidores, promovendo a ressignificação do consumo cultural.

Por meio de uma metodologia bibliográfica e exploratória, o artigo investiga o papel das plataformas

digitais na disseminação do K-Pop, que viabilizam a formação de comunidades engajadas e a

ressignificação da cultura coreana no Brasil. Os resultados indicam que o K-Pop transcende o

entretenimento, promovendo um diálogo intercultural dinâmico e inovador, que reflete tanto as

possibilidades quanto os desafios da globalização cultural contemporânea.