Comunicação mediações interações
DOI:
https://doi.org/10.31657/rcp.v1i2.29Resumo
Em O que é um autor?, Michel Foucault destaca que um autor capaz de instaurar discursividades é aquele a quem retornamos a partir de seus textos para criarmos outros novos. A singularidade de instaurar discursividades, portanto, só é possível para alguns. Sendo assim, Marx não é apenas o autor do Manifesto e do Capital ou, ainda, Freud não é somente o autor da A interpretação dos sonhos ou do Mal-estar na civilização. Eles nos legaram e estabeleceram uma possibilidade infinita de discursos, ressalta Foucault. Obras que se perpetuam como contemporâneas (Agamben), capazes de iluminar zonas obscuras do presente e, ao mesmo tempo, de se manter como sombras nas zonas marginais e obscuras da cultura e que nunca paramos de revisitá-las. Menos para reproduzi-las ou mimetizá-las como dogmas, mas, ao contrário, para torná-las vivas e impertinentes às gerações. nessa direção que Comunicação mediações interações de Lucrécia DAlessio Ferrara caminha. Trata-se de uma obra que funda outras obras! Deparamos com uma infinidade de discursos sobre uma epistemologia da comunicação e suas implicações na cidade, destacadamente, a partir das categorias comunicativas da mediação e interação.
São Paulo: Paulus, 2015. ISBN: 9788534941556
Referências
BAUDELAIRE, Charles. As flores do mal. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
FOUCAULT, Michel. O que é um autor?. Lisboa: Passagens, 2009.
FOUCAULT, Michel. O corpo utópico, as heterotopias. São Paulo: N-1 edições, 2015.
MARCONDES FILHO, Ciro Juvenal. O rosto e a máquina. O fenômeno da comunicação visto pelos ângulos humano, medial e tecnológico. São Paulo: Paulus, 2013. (Nova Teoria da Comunicação, v. 1).
MONGIN, Olivier. La ville des flux. Lenvers et lendroit de la mondialisation urbaine. Paris: Fayard, 2013.
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