América Latina: solitária na indústria jornalística, presente na imprensa das classes populares

Autores

  • Alexandre Barbosa ECA-USP

DOI:

https://doi.org/10.31657/rcp.v2i3.43

Resumo

Este artigo mostra como a América Latina pode se tornar categoria de seleção e construção de notícias para a imprensa das classes populares, como por exemplo, para o Jornal dos Sem Terra, publicação mensal do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Para usar a figura de Gabriel García Márquez em Cem anos de solidão, a América Latina é solitária quando se refere aos critérios de noticiabilidade na imprensa hegemônica brasileira, mas se converte em instrumento de identidade e solidariedade para a imprensa dos movimentos sociais, como defendia Mario Kaplún.

Palavras-chave: América Latina. Imprensa das classes populares. Critérios de noticiabilidade. Jornal do MST.

Biografia do Autor

  • Alexandre Barbosa, ECA-USP

    Doutor em Ciências da Comunicação (ECA-USP), mestre em Jornalismo Comparado (ECA-USP), especialista em Jornalismo Internacional (PUC-SP), jornalista (UMESP). Pesquisador e professor do Celacc (Centro de Estudos Latino-americanos sobre Comunicação e Cultura), professor contratado do curso de Jornalismo da ECA-USP e professor dos cursos de jornalismo da Fapcom e da Uninove. Autor do livro A solidão da América Latina na indústria jornalística brasileira (Alexa Cultural) e organizador dos livros Jornalismo em gêneros, volumes I, II e III, publicados pela ECA-USP. Autor de artigos sobre Comunicação e Cultura popular da América Latina, publicados em revistas científicas do Brasil e da América Latina.

Referências

BARBOSA, Alexandre. A comunicação do MST: uma ação política contra-hegemônica. São Paulo, 2013. Tese (Doutorado) Universidade de São Paulo, 2013.

___________. A solidão da América Latina na indústria jornalística brasileira. Embu das Artes: Alexa Cultural, 2017.

FERREIRA, Maria Nazareth (Org). Cultura e comunicação: perspectivas para a América Latina. São Paulo: CELACC/ECA, 2007.

FERREIRA, Maria Nazareth. A imprensa operária no Brasil: 1880-1920. Petrópolis: Vozes, 1978.

___________. Comunicação e resistência na imprensa proletária. Tese (Livre-docência em Cultura Brasileira) Escola de Comunicação e Artes (ECA), Universidade de São Paulo, São Paulo, 1990.

___________. Globalização e identidade cultural na América Latina: a cultura subalterna frente ao neoliberalismo. São Paulo: CEBELA, 1995.

___________. (Org). Cultura, comunicação e movimentos sociais. São Paulo: CELACC; ECA, 1999.

KAPLN, Mario. Una pedagogía de la comunicación (el comunicador popular). La Habana: Editorial Caminos, 2002.

LLOSA, Mario Vargas. Cien Años de Soledad. Realidad total, novela total. In: MÁRQUEZ, Gabriel García. Cien Años de Soledad. Edición Conmemorativa. Espanha: Real Academia Española, Asociación de Academias de la Lengua Española, 2007.

LUDMER, Josefina. Cem anos de solidão: uma interpretação. Trad. Antonio de Pádua Danesi. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

MORISSAWA, Mitsue. A história da luta pela terra e o MST. São Paulo: Expressão Popular, 2001.

MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA. Boletim Sem Terra. Porto Alegre. Números 01-35, maio/1981-abril/1984.

___________. Jornal Sem Terra. Porto Alegre; São Paulo. Números 36-316, julho/1984-dezembro/2011.

___________. MST: lutas e conquistas. São Paulo: Secretaria Nacional do MST, 2010.

PERUZZO, Cicília Maria Krohling. Comunicação nos movimentos populares: a participação na construção da cidadania. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2004.

PIERNES, Guillermo. Comunicação e desintegração na América Latina. Brasília: Editora da Unb, 1990.

RIBEIRO, Darcy. América Latina: a pátria grande. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.

ROUQUI, A. O Extremo-Ocidente: introdução à América Latina. São Paulo: Edusp, 1991.

Downloads

Publicado

26/02/2018

Como Citar

América Latina: solitária na indústria jornalística, presente na imprensa das classes populares. (2018). PAULUS: Revista De Comunicação Da FAPCOM, 2(3), pág. 77-91. https://doi.org/10.31657/rcp.v2i3.43