A raiva como combustível para lutas por reconhecimento
um olhar sobre o caso Marielle Franco
DOI:
https://doi.org/10.31657/rcp.v7i13.651Resumo
Este artigo apresenta uma abordagem teórica sobre o potencial da raiva para a mobilização de lutas por reconhecimento. O argumento é o de que a raiva pode favorecer a articulação dos sujeitos marginalizados contra as opressões do racismo ou da cultura machista. Para tanto, o texto dialoga com as reflexões propostas por intelectuais do feminismo negro, incluindo as norte-americanas Audre Lorde (2019) e bell hooks (2019). As duas são acionadas para problematizar a raiva como uma reação legítima diante das injustiças sociais, pela qual seria possível questionar as estruturas de dominação na sociedade. Além disso, o texto explora os pilares da teoria do reconhecimento desenhada por Axel Honneth (2009), a fim de esclarecer as motivações subjetivas que levam os indivíduos a reivindicarem demandas por justiça, igualdade e respeito. Com a finalidade de ilustrar esta reflexão teórica, o artigo recorda o assassinato da vereadora Marielle Franco, a partir da análise de postagens do Twitter que indicam a presença da raiva como canalizador das lutas formadas em torno do acontecimento.
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