Formando Futuros: A Educação dos Meninos como Antídoto ao Machismo

Uma Resenha de 'Os Meninos São a Cura do Machismo' de Nana Queiroz

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31657/ksgafs13

Resumo

O livro "Os meninos são a cura do machismo" de Nana Queiroz, lançado 2021, Editora Record, oferece uma perspectiva única referente a criação de meninos em uma sociedade profundamente impregnada pelo machismo. Argumenta de maneira convincente que uma educação feminista amorosa é a vacina contra nossa pandemia patriarcal para combater as raízes do machismo, e que os meninos podem ser a cura do machismo. Em vez de apresentar um manual rígido sobre como criar meninos, propõe uma reflexão profunda e provocativa para os pais guiarem seus filhos no caminho da liberdade e da autenticidade.

A obra começa com uma metáfora poderosa que estabelece a comparação do machismo estrutural a um vírus e os homens a seus hospedeiros. Ela enfatiza que, assim como uma pessoa doente não é culpada por contrair um vírus, os homens não são responsáveis por serem "infectados" pelo machismo. No entanto, ela ressalta que a sociedade como um todo é responsável por fornecer o tratamento necessário para combater essa "doença". Isso inclui não apenas medidas punitivas, como protestos e leis, mas também a prevenção por meio de uma educação que impeça que os meninos sejam contaminados pelo machismo. A responsabilidade recai sobre todos nós, como profissionais de saúde da sociedade, para garantir que o tratamento esteja disponível e que a prevenção seja uma parte fundamental do processo.

Em síntese, o livro "Os meninos são a cura do machismo" de Nana Queiroz é uma obra enriquecida por experiências pessoais, incluindo a história de João, seu companheiro. João aprendeu na intimidade do amor que as lágrimas têm um poder curativo, mas, como muitos homens, nunca soube expressar suas emoções. A autora deseja que seu filho, Jorge, não esqueça essa lição de amor e ressalta que a educação não deve ser uma tentativa de "moldar crianças em uma ideologia de gênero", mas sim um caminho para proporcionar liberdade, celebrar a singularidade de cada criança e permitir que elas expressem suas emoções de forma saudável.

Biografia do Autor

  • Profª Me. Grazielle Vilar, UNIP - SÃO PAULO

    Doutoranda em Comunicação – Masculinidade/Imaginário (UNIP/SP) - Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática - Linha de Pesquisa: Configurações de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática, com Bolsa PROSUP/CAPES (BRASIL) – Código de Financiamento 001. Mestre em Psicologia, Bacharel e Licenciatura em Psicologia. Licenciatura em Pedagogia e Especialista pelo CRP/SP em Psicologia Escolar/Educacional. Coordenadora e Docente tempo integral do Centro Universitário Senac - Santo Amaro - SP. E-mail: grazielle.bvilar@sp.senac.br e/ou graziellevalenca@gmail.com

  • Profº Dr. Jorge Miklos, UNIP

    Historiador, sociólogo, psicólogo e psicoterapeuta na abordagem analítica integrativa. É mestre em Ciências da Religião e doutor em Comunicação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Pós-doutorado em Comunicação Comunitária pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Trabalha na interface entre Psicanálise, Religião e Cultura. Suas reflexões abordam o vínculo social, o mito, a literatura, a produção audiovisual, a cibercultura, os conflitos, a política e as questões contemporâneas como gênero, masculinidades, religião, vida digital e diversidade. Membro Associado do Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (CESEEP) e habitante da 0CA JUNGUIANA (Outras Conversas Afiadas), um coletivo formado por vozes de pesquisadores, analistas, psicoterapeutas, arte-terapeutas e interessados nos estudos da Psicologia Analítica de C. G. Jung e dos autores pós-junguianos. Atua como Professor e Pesquisador no Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura Midiática da Universidade Paulista. Autor dos livros: Ciber-Religião: a construção de vínculos religiosos na cibercultura  (Ideias e Letras-2012); Cultura e Desenvolvimento Local: Ética e Comunicação Comunitária (Saraiva-2015); Mediação de Conflitos (Expressa, 2020); Veredas do Sagrado: interfaces entre Imaginário, Ecologia e Religião (Humanitas - 2021). Atualmente desenvolve uma pesquisa financiada pela CAPES e pela UNIVERSIDADE PAULISTA com o título: MASCULINIDADES NA MEDIOSFERA: CONTRIBUIÇÕES DA MÍDIA PARA A CONSTITUIÇÃO DAS IDENTIDADES DOS HOMENS NO IMAGINÁRIO SOCIAL

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Publicado

05/06/2024

Como Citar

Formando Futuros: A Educação dos Meninos como Antídoto ao Machismo: Uma Resenha de ’Os Meninos São a Cura do Machismo’ de Nana Queiroz. (2024). PAULUS: Revista De Comunicação Da FAPCOM, 7(14). https://doi.org/10.31657/ksgafs13