Jornalismo lento Mapeando tensões entre velocidade e comunicação em ambientes digitais
DOI:
https://doi.org/10.31657/rcp.v2i4.71Resumo
Este artigo busca construir uma reflexão sobre o jornalismo lento, apontando para o estágio atual de pesquisa em curso sobre este objeto. Ao propor a desaceleração da produção, da oferta (circulação e distribuição) e da recepção do produto jornalístico, o jornalismo lento se inscreve no campo da crítica da comunicação e da velocidade; e, do ponto de vista prático, se situa na zona de interface entre comunicação, compreensão e afeto. Ainda que as práticas de comunicação lenta sejam relativamente demarcadas pelo movimento slow media, o jornalismo lento como objeto de reflexão teórica que emerge desta experiência demanda imersão e aprofundamento,
que permitam ao mesmo tempo desvelar seus alicerces e contribuir para a sua edificação. O estudo trata menos de delimitar um conceito e mais de demarcar um campo de elementos e aspectos que compõem uma mirada para a experiência. Trata-se, portanto, de uma atitude cognitiva para desenvolver olhares e percepções para iniciativas que estão sendo testadas como práticas de comunicação, diálogo, vínculo e engajamento e que promovem interfaces com o pressuposto da desaceleração.
Palavras-chave: Jornalismo lento. Velocidade. Tecnologias. Cultura slow. Cibercultura.
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